terça-feira, 20 de março de 2018

♫Súplica cearense♫

Esta canção é um clássico da música brasileira, imortalizada por Luiz Gonzaga e regravada também por alguns de seus discípulos como Fagner, Dominguinhos e Elba Ramalho, além de outras regravações mais inusitadas como a do grupo O Rappa. Composta em 1960, possui uma letra muito atual e que sempre emociona.

Numa época em que se pedia chuva para o Sertão nordestino, ela contradiz pedindo uma trégua para uma enchente que devastou com tudo, com a mesma simplicidade que se pedia para chover. E nada mais apropriado para a semana da água, pensarmos nas contradições que são sua falta e seu excesso entre os seres e os lugares onde habitam. Esse bem precioso tão bem cantado por nossos artistas e reverenciado por quem ama a natureza, a água precisa de nossa constante atenção.

Súplica cearense
Gordurinha e Nelinho

Oh! Deus, perdoe este pobre coitado
Que de joelhos rezou um bocado
Pedindo pra chuva cair sem parar

Oh! Deus, será que o senhor se zangou?
E só por isso o sol se arretirou
Fazendo cair toda chuva que há

Senhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinho
Pedir pra chover, mas chover de mansinho
Pra ver se nascia uma planta no chão

Meu Deus, se eu não rezei direito o Senhor me perdoe,
Eu acho que a culpa foi
Desse pobre que nem sabe fazer oração

Meu Deus, perdoe eu encher os meus olhos de água
E ter-lhe pedido cheinho de mágoa
Pro sol inclemente se arretirar

Desculpe eu pedir a toda hora pra chegar o inverno
Desculpe eu pedir para acabar com o inferno
Que sempre queimou o meu Ceará

Um forte abraço a todos!

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